O Better Chicken Commitment é uma política de bem-estar de frangos de corte composta por cinco pontos, baseados em evidências científicas, que abordam questões relacionadas ao ambiente de criação, fenótipo, manejo e abate da espécie. Os representantes abaixo assinados, alinhados no propósito de elevar o nível de bem-estar animal nos sistemas produtivos de frangos de corte no Brasil, incentivam a adoção dos parâmetros do Better Chicken Commitment para guiar produtores e compradores, conforme propostos a seguir:

  1. Densidade máxima no galpão de 30 kg/m2* e proibir o uso de gaiolas ou sistemas multiníveis para matrizes e frangos de corte. A apanha parcial (‘raleamento’) deve ser evitada e, se adotada, deve se limitar a uma vez por lote.

  2. Fornecer às aves um ambiente melhorado, incluindo:

    • Pelo menos 7,5 cm de altura da cama friável cobrindo todo o chão do galpão, mantendo a condição seca e friável e evitar áreas endurecidas ou molhadas;
    • Todas as aves devem ter acesso a no mínimo 8 horas de luz contínua (≥50 lux), incluindo luz natural, e 6 horas de escuridão contínua diariamente (<1 lux);
    • Uma plataforma e/ou poleiro com no mínimo 2 metros e outro tipo de enriquecimento ambiental (como substratos para bicagem) a cada 1000 aves, dispersos por todo o galpão, disponíveis para todo o lote aos 10 dias de idade e mantidos a partir de então.
    • Com relação à qualidade do ar, a concentração de amônia não deve exceder a 20 ppm e dióxido de carbono a 3000 ppm, ao nível da cabeça das aves, independente da densidade.
  3. Adotar linhagens que demonstrem melhores resultados de bem-estar animal que atendam aos critérios do RSPCA Broiler Breed Assessment Protocol ou Global Animal Partnership (GAP) ou equivalente validado pela comissão do BCC Brasil; reportando sua evolução publicamente a cada ano.

  4. Adotar e investir em métodos de insensibilização de frangos que não submetam o animal à inversão enquanto estão conscientes, como o sistema de atmosfera controlada (CAS), usando gases inertes ou sistemas multifásicos, que induza uma insensibilização irreversível, ou métodos elétricos efetivos, que gerem perda da consciência de forma instantânea comprovados por indicadores objetivos e que não promovam a inversão das aves enquanto estão conscientes.

  5. Demonstrar conformidade com todos os padrões por meio de auditoria de terceiros, reportando sua evolução publicamente a cada ano a partir do compromisso publicado.

Atenciosamente,

  1. Ana Paula de Oliveira Souza, M.V., PhD
  2. Anna Cristina de Oliveira Souza, M.V.
  3. Carla Forte Maiolino Molento, M.V., PhD
  4. Carla Lettieri, Adv., PhD
  5. Caroline Maia, Biol., PhD
  6. Cynthia Schuck-Paim, Biol., PhD
  7. Édina de Fátima Aguiar, Zootec., PhD
  8. Elaine Cristina de Oliveira Sans, Zootec., PhD
  9. Elsa Helena Barreto, M.V.
  10. Fernanda Vieira, Zootec., PhD
  11. Giovana Vieira, M.V., PhD
  12. Iran José Oliveira da Silva, Eng., PhD
  13. Joerley Moreira, Zootec., PhD
  14. José Rodolfo Ciocca, Zootec.
  15. Laura Raquel Rios Ribeiro, M.V., PhD
  16. Leonardo Thielo de La Vega, M.V.
  17. Lucas Galdioli, M.V.
  18. Luiz Fernando Rocha Botelho, Zootec., MSc.
  19. Luiz Rezende, Biol.
  20. Maria Fernanda Martin Guimaraes, Zootec., MSc.
  21. Moira Civeira, M.V.
  22. Patricia Tatemoto, Biol., PhD
  23. Patrycia Sato, M.V., PhD
  24. Rubia Campi Soares, Zootec.
  25. Sarah Gomes Pinheiro, Zootec., PhD
  26. Vanessa Gischkow Garbini, Adv., MSc.
  27. Vania Plaza Nunes, M.V.
  28. Walter Sánchez Suárez, M.V., PhD
  29. Yuri Fernandes Lima, Adv., MSc.