Exigiremos que nossos fornecedores de frango atendam aos seguintes requisitos para 100% de nossos produtos (frescos, congelados e processados):

  1. Densidade máxima no galpão de 30 kg/m2* e proibir o uso de gaiolas ou sistemas multiníveis para matrizes e frangos de corte. A apanha (‘raleamento’) parcial deve ser evitada e, se adotada, deve se limitar a uma vez por lote.
  2. Fornecer às aves um ambiente melhorado, incluindo:
    1. Pelo menos 7,5 cm de altura da cama friável cobrindo todo o chão do galpão, mantendo a condição seca e friável e evitar áreas endurecidas ou molhadas;
    2. Todas as aves devem ter acesso a no mínimo 8 horas de luz contínua (≥50 lux), incluindo luz natural, e 6 horas de escuridão contínua diariamente (<1 lux);
    3. Uma plataforma e/ou poleiro com no mínimo 2 metros e outro tipo de enriquecimento ambiental (como substratos para bicagem) a cada 1000 aves, dispersos por todo o galpão, disponíveis para todo o lote aos 10 dias de idade e mantidos a partir de então;
    4. Com relação a qualidade do ar, a concentração de amônia não deve exceder a 20 ppm e dióxido de carbono a 3000 ppm, ao nível da cabeça das aves, independente da densidade.
  3. Adotar linhagens que demonstrem melhores resultados de bem-estar animal que atendam aos critérios do RSPCA Broiler Breed Assessment Protocol ou Global Animal Partnership (GAP) ou equivalente validado pela comissão do BCC Brasil; reportando sua evolução publicamente a cada ano.
  4. Adotar e investir em métodos de insensibilização de frangos que não submetam o animal à inversão enquanto estão conscientes, como o sistema de atmosfera controlada (CAS), usando gases inertes ou sistemas multifásicos, que induza uma insensibilização irreversível, ou métodos elétricos efetivos, que gerem perda da consciência de forma instantânea comprovados por indicadores objetivos e que não promovam a inversão das aves enquanto estão conscientes.
  5. Demonstrar conformidade com todos os padrões por meio de auditoria de terceiros, reportando sua evolução publicamente a cada ano a partir do compromisso publicado.

*Definido conforme o cálculo do peso metabólico das aves.[1]

Declaração de Intenção - Halal

O atordoamento elétrico é o principal método utilizado globalmente para o abate de aves. No entanto, existem preocupações significativas em relação ao bem-estar das aves com esse método. Alternativas elétricas eficazes ainda precisam ser desenvolvidas. Reconhecendo que, sob os padrões Halal, os Sistemas de Atmosfera Controlada podem não ser aceitos, pois o animal não deve estar morto no momento do abate (corte), é imperativo que um método de atordoamento que torne o animal insensível à dor, mas ainda esteja vivo, seja desenvolvido e adotado o mais rápido possível.

Assim, nós concordamos em:

  • Pressionar ativamente nossos fornecedores e apoiar os mais recentes projetos de pesquisa[2] para encontrar alternativas à insensibilização por eletronarcose em cuba de imersão com urgência;
  • Apoiar o banimento da insensibilização elétrica que promova a inversão das aves ainda conscientes, ou métodos elétricos que não promovam comprovadamente a perda instantânea da consciência, mesmo que para fins religiosos;
  • Investir e adotar um método sem inversão consciente das aves assim que estiver disponível comercialmente;
  • Reportar a evolução dos pontos acima publicamente a cada ano a partir do compromisso publicado.

  1. A densidade de alojamento pode ser expressa em aves/m2, m2/ave e/ou kg/m2. Idealmente, uma abordagem alométrica seria usada para estimar os requisitos de espaço, pois isso leva em consideração o peso corporal e, indiretamente, a idade da ave. Portanto, recomenda-se o cálculo da densidade conforme a equação alométrica: A=0.0457W0.67, em que A=m2/ave e W é o peso vivo (Petherick, 2007). ↩︎

  2. Por exemplo, participando da mesa redonda de Atordoamento Elétrico Eficaz convocada pela Compassion in World Farming. ↩︎